Três 'trotes' foram
confirmados; mais um caso investigado, registrado nesta terça-feira (22),
aconteceu em Campina Grande do Sul, no Paraná
Três ameaças de ataques em escolas de Campina Grande, confirmadas como
"brincadeiras", já foram investigadas pela Polícia Civil, desde março
- quando ocorreu o massacre na escola em Suzano, São Paulo. Ao todo, quatro
ameaças de ataques em instituições de ensino foram investigadas na Paraíba,
sendo que um quarto caso, registrado nesta terça-feira (22), foi encaminhado
para investigação no Paraná, pois teria acontecido em Campina Grande do Sul.
Os casos são tratados como ameaças reais e os suspeitos já identificados
serão responsabilizados, conforme o coordenador executivo do escritório da
Associação Internacional de Combate ao Crime Cibernético em João Pessoa,
tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, do Centro Integrado de Operações Policiais da
Paraíba (CIOP).
Sobre o último caso registrado, o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho
afirma que, após investigações, os pesquisadores da Associação chegaram à
conclusão de que essa situação não se tratava de Campina Grande, na Paraíba,
mas de Campina Grande do Sul, no Paraná. A investigação começou após a
divulgação de capturas de tela de computador em um fórum de usuários anônimos,
com mensagens sobre ameaças de um ataque planejado para o dia 29 de maio.
Já de acordo com o delegado Pedro Ivo, da Polícia Civil, nos três casos
registrados em Campina Grande este ano, foi confirmado que tudo não passava de
“trotes” feitos por estudantes. Os casos ocorreram em duas escolas públicas e
em uma faculdade particular da cidade.
Nos casos das escolas públicas, os adolescentes foram ouvidos junto aos
pais e o Conselho Tutelar foi acionado para tomar outras providências. A
Gerência da 3ª Regional de Ensino confirmou que os casos nas escolas públicas
foram em instituições dos bairros Catolé e Novo Cruzeiro.
Segundo a gerente regional Erica Santana, a orientação é que a direção
procure a Polícia Civil para que sejam tomadas medidas para responsabilizar os
envolvidos.
“Pela legislação, não
podemos afastar o aluno. Ele continua em aula. Após a apuração da Polícia
Civil, o caso é também passado para o Conselho Tutelar. Através disso podem ser
analisadas outras medidas como destinar o aluno para acompanhamento
psicológico”, disse a gerente.
Já no caso que ocorreu na faculdade, o
aluno envolvido nas falsas ameaças era um estudante do curso de medicina. Ele
foi autuado pelo artigo 41 da lei de Contravenção Penal e está respondendo
processo.
Combate ao crime
cibernético
Segundo o
tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, no caso específico da ameaça registrada na
terça-feira, o CIOP de João Pessoa teve conhecimento do caso após divulgação
nas redes sociais de capturas de telas, com mensagens em um fórum anônimo. “Ao
termos acesso às informações, de imediato não tínhamos elementos para fazer
interferência de ameaça real, mas acionamos o major Vinicius, do CIOP em
Campina Grande, e fizemos alertas às autoridades”, relata.
Arnaldo Sobrinho explica que, ao terem
conhecimento de casos como esses, os pesquisadores da Associação Internacional
de Combate ao Crime Cibernético são acionados para averiguar as denúncias
dessas ameaças.
Sobre o último caso registrado, ele
informou que a investigação seguiu para o Paraná. “Os nossos pesquisadores
navegaram na 'Deep Web', inclusive tiveram acesso ao fórum em que essa suposta
ameaça estava circulando. Após as investigações, concluímos que não se trata de
Campina Grande (Paraíba) e as informações foram compartilhadas com as
autoridades da cidade no Paraná, para que adotem as medidas necessárias”,
frisou.
Ainda de acordo com o tenente-coronel,
em casos como esses há a necessidade de que sejam adotadas duas medidas
importantes. “A primeira delas é que, de imediato, a situação seja
compartilhada com as autoridades competentes e a segunda é que os pesquisadores
contra crimes cibernéticos averiguem o tipo de ameaça e de onde se trata”,
conclui.
G1 PB
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