Dados são uma previsão e, para chegarem a esses números,
os cientistas compararam experiências anteriores e observaram padrões de
comportamento humano
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Integrante da equipe médica conversa com paciente infectado pelo novo coronavírus - Foto: Piero Cruciatti / AFP |
Um
painel de monitoramento criado pela Fiocruz Bahia prevê um aumento de 328% no
número de casos de coronavírus na Paraíba em uma semana. O número deve sair de
35, que é o confirmado até as 10h30 desta segunda-feira (6), para 150, no dia
13 de abril. Os dados são uma previsão e, para chegarem a esses números, os
cientistas compararam experiências anteriores e observaram padrões de
comportamento humano. Assim, fizeram a previsão de uma situação com uma margem
de incerteza associada.
Conforme
o gráfico apresentado pelo painel, os números devem começar a subir de dez em
dez casos, em média, mas aumentando essa parcial no decorrer dos dias, podendo
sair de 127 casos em um dia, para 150 no dia seguinte.
O
painel é a primeira ação lançada pela Rede CoVida, uma iniciativa conjunta do
Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia)
e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que reúne colaboradores de diversas
instituições científicas de forma solidária. Toda a plataforma de monitoramento
foi desenvolvida por quatro profissionais, em colaboração com dezenas de
pesquisadores, que atuaram remotamente ao longo de 10 dias.
O modelo matemático implementado pelo grupo traz dados
que ajudam os gestores públicos a tomarem decisões baseadas em evidências
científicas. “O gestor que observa um modelo pode se antecipar na quantidade de
leitos, nos tipos de leitos, nos materiais necessários e recursos humanos a serem
recrutados no preparo dos sistemas e assistência à saúde”, explica Juliane
Oliveira, doutora em matemática pela Universidade do Porto e uma das
responsáveis pela modelagem.
Além
dos recursos físicos e humanos, os cálculos também contribuem para avaliar os
efeitos de medidas sociais, como restrições de circulação de pessoas e
fechamento de estabelecimentos comerciais não-essenciais. Por isso, o gráfico
alerta que a tendência prevista pode ser alterada conforme as ações
implementadas pelos estados.
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Integrante da equipe médica conversa com paciente infectado pelo novo coronavírus - Foto: Piero Cruciatti/AFP |
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