Avião não podia fazer transporte remunerado de pessoas. Investigação foi
encaminhada à Polícia Federal
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Avião que caiu com Gabriel Diniz era de propriedade do Aeroclube de Alagoas - Foto: Iata Andeson Brandão Alves/Arquivo Pessoal |
Quase um ano depois de iniciar investigação sobre irregularidades na
operação da aeronave que caiu com o cantor Gabriel Diniz e dois pilotos alagoanos em Sergipe, a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) concluiu que o táxi aéreo era ilegal e autuou o Aeroclube de
Alagoas, proprietário da aeronave.
Por meio de nota ao G1, a Anac informou na quinta-feira (14) que a aeronave
de matrícula PT-KLO, de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada
na categoria “instrução” e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade,
incluindo o transporte remunerado de pessoas (leia na íntegra ao final do
texto).
A reportagem tenta contato com o Aeroclube de Alagoas.
O cantor Gabriel Diniz, conhecido pelo hit
"Jenifer" e os pilotos do aeroclube Linaldo Xavier e Abraão Farias
morreram na queda do avião de pequeno porte no povoado Porto do Mato, em
Estância (SE), no dia 27 de maio de 2019.
Depois do acidente, a ANAC suspendeu o aeroclube e as
aeronaves cautelarmente, mas a
suspensão foi revogada em agosto do mesmo ano.
A agência informou ainda que o processo administrativo
para constatar o Transporte Aéreo Clandestino (TACA) e outras irregularidades
foi concluído, que emitiu 5 autos de infração e encaminhou as informações à
Polícia Federal.
Leia
a íntegra da nota da Anac
A aeronave de matrícula PT-KLO,
acidentada em Sergipe (AL), em 27 de maio de 2019, era de propriedade do
Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria “Instrução” e não poderia
prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de
pessoas. Após o acidente, a ANAC suspendeu o aeroclube e as respectivas
aeronaves cautelarmente. Acesse aqui o posicionamento divulgado à época: https://www.anac.gov.br/noticias/2019/anac-apura-irregularidades-na-operacao-do-aviao-de-matricula-pt-klo-acidentado-nesta-segunda-feira-27-5
Conforme o resultado do processo administrativo para constatar o
Transporte Aéreo Clandestino (TACA) e outras irregularidades, foram emitidos
cinco autos de infração ao aeroclube, que estão em processo de julgamento. A
Agência também emitiu ofício à Polícia Federal de Alagoas informando o
resultado das apurações feitas pela ANAC.
Investigações
As investigações sobre as
causas do acidente são conduzidas pelo Segundo Serviço Regional de Investigação
e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), de Pernambuco (PE), órgão
regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(CENIPA), do Comando da Aeronáutica.
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