Estima-se
que o pico dos casos na cidade de Patos ocorrerá entre as 3ª e 4ª semanas de
junho
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Av. Epitácio Pessoa, em Patos (Foto: Google Street View) |
Um
estudo encomendado pelo Núcleo de Atendimento da Defensoria Pública do Estado
da Paraíba (DPE-PB), em Patos, ao Laboratório de Inteligência Artificial e
Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
mostra um processo de interiorização do novo coronavírus na Paraíba, com a
participação decrescente de João Pessoa no registro de novos casos e aumento da
participação dos demais municípios.
De
acordo com o relatório apresentado durante videoconferência no último dia 18,
com representantes da Defensoria Pública estadual, Ministério Público Federal
(MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Estado da
Paraíba (MPPB) e da Prefeitura Municipal de Patos, estima-se que o pico dos
casos na cidade de Patos ocorrerá entre as 3ª e 4ª semanas de junho.
Na
hipótese de um cenário de normalidade no convívio das pessoas, o estudo aponta,
neste período, aproximadamente 2,5 mil casos de pessoas infectadas na cidade. A
apresentação do relatório foi do professor Cássio da Nóbrega e do pesquisador
Flávio Macaúbas Torres Filho.
“O
momento é de respeito as orientações de isolamento, ter mais consciência de que
é pelo bem da coletividade, até porque a gente sabe que tem pessoas com mais
propensão a, uma vez adquirido o vírus, chegar à letalidade. Então, nós
reiteramos essa necessidade de cumprir as medidas de isolamento. É difícil, mas
é pelo bem comum. Pessoas estão morrendo, entes queridos, inclusive crianças,
em decorrência do novo coronavírus. Para que isso termine o mais rápido
possível, a gente precisa se conscientizar e respeitar as medidas de
isolamento”, reforçou a defensora pública Raíssa Palitot.
De
acordo com os dados que mostram o processo de interiorização, João Pessoa
registrou, no dia 15 de maio, 27 novos casos, enquanto a cidade de Patos
apresentou 45 novos casos na mesma data. “Mesmo sendo uma cidade muito menor,
com uma população que representa aproximadamente 15% da população da Capital”,
pontou Raíssa.
Dentre
os dados, também foi destacado o aumento de 216,2% dos casos confirmados (74
para 160 casos) em apenas uma semana (de 9 a 16 de maio) e de 44,4% nos óbitos
(7 para 13), refletindo uma taxa de mortalidade de 5,5%. “Levando-se em conta
que, em outros países com testagem superior à brasileira, a taxa de mortalidade
do coronavírus não alcança esse patamar, verificou-se, pelos dados do
relatório, a possibilidade de grande subnotificação”, diz a ata da reunião.
“Outra
coisa que esse estudo nos trouxe que é preciso ficar muito alerta é que o tempo
em que a pessoa tem constatado a infecção do vírus, que é testado positivo, até
o dia que vem a óbito, em Patos, é menor do que a média no estado”, acrescentou
Raíssa. A média em todo o Estado é de 11
dias, enquanto a de Patos está em torno de oito dias.
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