Fotos
e vídeos feitos por drone mostram água escura saindo de maceió e sendo
despejada na praia de Intermares. Secretário de Meio Ambiente explica que cor e
odor são de matéria orgânica de manguezal
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Coloração escura da água do maceió se espalhou pela praia de Intermares, em Cabedelo, PB Foto: Julius Guimarães/Arquivo Pessoal |
Imagens
aéreas feitas por meio de um drone mostraram água escura sendo despejada de um
maceió na beira-mar da praia de Intermares, em Cabedelo, cidade da região da
Grande João Pessoa. A gravação foi feita por Julius Guimarães, praticante de
kitesurf na praia, e divulgada em grupos do WhatsApp nesta segunda-feira (15)
como uma suposta poluição de esgoto.
De
acordo com Júlio, as imagens compartilhadas nos grupos de WhatsApp foram feitas
na verdade em 18 de maio deste ano, mas que a abertura com despejo da água do
maceió com coloração escuro e odor na praia de Intermares é recorrente. De
acordo com relatório de balneabilidade, número 16, feito pela Superintendência
de Administração de Meio Ambiente (Sudema), no dia 18 de maio, a praia de
Intermares estava própria para banho, inclusive com medição feita em frente ao
maceió.
O
secretário de Meio Ambiente de Cabedelo, Walber Farias, explicou que a cor e o
odor da água que desemboca na praia de Intermares a partir do maceió formado
pelo fim do rio Jaguaribe não tem ligação com esgotos da região. Segundo o
secretário, a água escura de odor forte é causada pela grande quantidade de
matéria orgânica que fica sedimentado no rio e é jogada no mar com aumento da
correnteza causada pelas águas da chuva.
“Revolve
os sedimentos do maceió em razão da correnteza, e realmente sobe o cheiro
desagradável, mas lembrando que é uma área de manguezal, com excesso de
material orgânico que acaba depurando na água do mar. Com o aumento das chuvas,
do volume grande de chuvas, chega um momento em que ele abre e a corrente, que
é sudeste, leva a água do rio para Intermares”, explicou.
O
secretário explicou ainda que a cor escura não se trata de esgotos lançados a
partir de prédios na área de intermares, mas principalmente de matéria orgânica
do manguezal. Ele explicou, no entanto, que não descarta que haja algum tipo de
lançamento de esgoto no rio, mas em quantidade pequena e proveniente de
comunidades ribeirinhas.
“Essa
coisa de dizer que está jogando esgoto direto é uma falácia, não convém, não há
esgoto nele. Pode ter alguma contribuição das comunidades que entre o Rio
Jaguaribe, existe uma contribuição sim, mas o fato dessa tonalidade escura, de
saída de maceiós, vai haver essa diferenciação”, comentou.
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