Dados
constam no relatório InfoMercado Dados Gerais, da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica. RN conta com 156 usinas eólicas atualmente
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Aerogeradores de energia eólica em São Miguel do Gostoso (RN) Foto: Felipe Gibson/G1 |
O
Rio Grande do Norte tem a maior capacidade instalada de usinas eólicas em
operação comercial do Brasil. Os dados foram analisados em abril e constam no
InfoMercado Dados Gerais, que foi publicado pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE). Ao todo, o RN tem capacidade de gerar 4.358,38 MW de
energia.
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Capacidade das usinas elétricas de cada estado - Foto: CCEE |
"Esse
marco é uma conquista e também representa a reafirmação do Rio Grande do Norte
e da sua vocação para geração de energia eólica. O Estado tem aumentado sua
capacidade instalada de maneira quase ininterrupta, sendo acompanhado por
investimentos importantes nesse período", falou Darlan Santos, diretor
presidente do Centro de estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN
(Cerne).
De
acordo com o Cerne, o estado atualmente tem 156 usinas em operação, 16 em
construção e outros 51 projetos contratados, em que as obras ainda não foram
iniciadas.
"Nossa
posição geográfica favorece muito a qualidade dos ventos que sopram na nossa
costa. Eles têm a característica de serem estabilizados, não são rajadas. Com
isso, muitos projetos eólicos começaram a fazer medição de vento há muito
tempo, e em 2009, quando o governo fez o primeiro leilão de energia eólica, nós
já tínhamos muitos projetos."
Atrás
do RN, os estados que mais concentram capacidade de geração de energia pela
força dos ventos são Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí. Segundo o CCEE,
os dados ressaltam a predominância do Nordeste e do Sul neste tipo de fonte.
O
relatório aponta que no mês de abril as eólicas tiveram uma geração média de
energia de 4.220 MW - o número é o que 17% maior que o de abril de 2019. O
consumo de energia registrado no Sistema Interligado Nacional (SIN), por sua
vez, caiu 11,9%: de 65.186 MW médios para 57.442 MW médios em abril deste ano
em comparação ao mesmo mês de 2019.
De
acordo com o CCEE, o mercado regulado apresentou queda de 11,3%, chegando a
40.473 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, indo
para 16.970 MW médios. Segundo a câmara, esse comportamento é explicado pela
migração de consumidores e pelas medidas restritivas em função do coronavírus.
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